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Vem ai a 9ª Feira do Patchwork em São Paulo

As apaixonadas (assim como eu) pelo patchwork não podem perder tal evento.
Por isso lanço aos quatro ventos, senhores das quatro direções, Leste/Oeste/Norte/Sul, a grande e tão aguardada novidade.


Eu vou, com certeza! Se acaso você também for, a gente se encontra.
Beijos e até a próxima novidade.
Edna Vezzoni, escritora e artesã.
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Ui, ui, que frio!

Olá, meninas e meninos!

Ui, ui, que frio!
Os ventos equinociais passam varrendo das ruas e vielas do hemisfério sul, as folhas outonais; gerando mudanças, no ciclo da natureza e, em nosso interior. Tempo de colher os frutos da nossa semeadura e, de nos prepararmos para o Inverno posto que; Ele, o Senhor da Escuridão e Regenerador da Terra, espreita logo ali, na curva do mundo, o momento de avançar...
E, já me preparando para o Inverno que, ao que tudo indica será bastante gelado, decidi tecer cachecóis.
Ano passado teci muitos e variados cachecóis, mas, como diz o arcaico ditado “em casa de ferreiro o espeto é de pau”, fiquei sem nenhum.
Neste ano resolvi anular o ditado, jurando a mim mesma, que o primeiro cachecol por mim tricotado no ano corrente, seria meu. E, assim eu o fiz. Não sou nenhuma especialista no assunto, confesso sem pudor; mas para aquelas que já sabem colocar a lã na agulha, ou seja, dominam os pontos, meia e o tricô, a receitinha há de servir. Foi a que utilizei para tecer não um, mas sim, dois cachecóis para mim.

Este eu fiz com sobras de lã do ano passado.

Infelizmente não sei o nome do ponto, mas penso que isto não seja assim tão relevante.

1 novelo da lã de sua preferência contendo 100gramas.
Colocar 24 pontos na agulha. (usei a nº 7).
Iniciar o trabalho sem barra em tricô. 
  • 3 tricô, 1 meia. (1ª carr) (Até finalizar a carreira).
  • 2 tr, (* 1m, *3 tr), 1 m, 1 tr (2ª e demais carreiras).
Os pontos que estão em asteriscos dentro do parêntesis devem ser repetidos até  que restem dois pontos na agulha que você irá finalizar com 1m, 1tr.
Ultima carreira em tricô.
Arrematar e colocar a franja ou trabalhar o entorno em crochê.
Divirta-se!

Beijos, e como caipira que sou, inté mais ver!
Edna Vezzoni, escritora e artesã.


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Sobre a Chita!

A chita é chic
Nos últimos anos a chita tem aparecido frequentemente nos editorias de moda, nas vitrines de lojas famosas e em revistas de decoração. A redescoberta do tecido tem a ver com a valorização de um look tipicamente brasileiro. Assim como as sandálias Havaianas, que viraram hype no mundo todo, a chita passou a ser usada em peças e acessórios que compõem visuais modernos e despojados.
As estampas florais de cores vivas que caracterizam a chita são super brasileiras, mas não foi aqui que o famoso tecido surgiu. A chita nasceu na Índia por volta de 1600, como uma estamparia multicolorida feita sobre um tecido chamado morim. Mais tarde os europeus descobriram o tecido e passaram a importá-lo em grandes quantidades.
Foram os europeus que trouxeram a chita para o Brasil, em 1800. Os brasileiros passaram a produzir chita com mais qualidade e a custos mais baratos no próprio país e a chita nacional foi ganhando uma cara tipicamente brasileira. Devido ao baixo custo, ela foi empregada na produção de roupas baratas, usadas pelas classes mais baixas. Também foi e continua sendo o tecido preferido para a confecção de roupas de festas juninas.
Hoje a chita é muito utilizada na decoração e no artesanato. Seja nos forros de almofadas, sofás, abajures e caixas ou em telas de parede, a chita contribui para deixar um ambiente mais alegre e descontraído. Entre os acessórios, destacam-se as necessaires, carteiras, sacolas e bolsas de diversos formatos.  
Texto by Taís Barato.
Já a sacola de chita é minha! Quer dizer; será de quem a comprar. Acabei de costurar agorinha mesmo. Num tem nem meia hora... Faz parte da linha "Chitacharmosa"
Edna Vezzoni, escritora e artesã.
Beijos, e como caipira que sou; inté mais ver!
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Uma homenagen para nós, as mulheres.

Alma de Mulher.
Ó alma! Que tens?...
Que buscas?...

Que esperas?

O impossível n
unca fez parte das possibilidades...
Ó alma insana, porque desperdiças em vão;
As contas peroladas;
Tesouros abençoados das águas...
Permitindo que rolem de seus olhos verdes...
Chuva abundante, fértil, escoando de suas pupilas;
Imitando os rios da vida.
Água preciosa desembocando em terra árida...
Que dor é essa?...
Dilacerando, rasgando o peito soluçante.
Que grito é esse, represado em sua garganta?
Há quantos milênios, o guarda sufocado?
Nunca soubestes que jamais se perde aquilo que nunca se teve?
Acaso acreditastes mesmo, que um dia tu serias amada?
Que flores lhe seriam ofertadas?
Dizendo sem dizer: - "Te amo".
Por quem???
Quem haveria de amar tua alma, além de ti mesma?
Quem haveria de lhe enviar as rosas rubras,
Envolta em laços de cetim?!
Quem???
Te, aquieta oh minha alma.
Te, fecha...
Encerra-te em tua concha de madrepérola,
Debruça diante do ramalhete que não chegou.
E assim guardada, preservada,
Jogue fora as chaves,
Afunde nas águas oceânicas.
Então, oh minha alma;
Ninguém além de ti mesma saberá...
Que o Mar em seu eterno fluxo e refluxo,
São...
As tuas próprias lágrimas.
As lágrimas de todas as mulheres não amadas.
Edna Vezzoni.
13hs19.
Sábado de 2005. 1° dia da lua cheia.
03 de março.
 (Do Livro - Poesias e Amoras, Beijos e outros Tangos).


(Tudo na vida passa. E hoje eu diria que as melhores flores, são aquelas que enviamos a nós mesmas e que pagamos com nosso cartão de crédito, ou cheque especial ou em dinheiro vivo. Mulheres poderosas, só possuem duas alternativas:- ou se Amam, ou se Amam!).

Beijos, e como caipira que sou, inté mais ver!

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O avental

Era uma vez uma saca de farinha! Farinha de trigo. Aquela que a gente usa para fazer pães, tortas, bolos e etc. A saca vem costurada com barbantes, de algodão ou nylon, tanto faz como tanto fez. São uns pontões que só vendo! Ai a gente abre a costura puxando os fios a partir de uma determinada ponta; mas para quem não domina a técnica, o uso de uma tesoura é imprescindível. Bom, agora a saca virou um pano. Todo irregular, é verdade. Não tem importância essa irregularidade, a gente acerta os desvios na hora do corte. Na linguagem do patchwork isto costuma ser chamado de “refilar” o tecido.
Mas, a saca, costuma ser meio amarronzada ou parda, sei lá. Pra ficar branquinho, como faz?! É só alvejar. Com o que?! Com água sanitária, não vou fazer propaganda gratuita da Quiboa! Alvejar pressupõe-se que qualquer um o saiba, mais vai que não! É assim: molha-se o tecido, normalmente em um tanque de lavar roupa, passa-se sabão em pedra (da marca que você tiver em casa) e esfrega o dito cujo para tirar a goma. Enxágua. Em seguida mergulha-se o tecido em uma mistura de água (o suficiente para cobrir o pano) com sabão em pó e meio litro de água sanitária. Esqueça o tecido no balde de um dia para o outro. No outro dia, enxágue várias vezes o tecido, - para tirar o cheiro forte da quiboa - torça e bote para secar. Pronto. O tecido está pronto para usar. Você pode até usá-lo como pano de chão. Mas eu prefiro dar-lhe um destino mais nobre. Tipo pano de prato, por exemplo... No meu caso, e com este pano, especificamente falando, decidi dar a forma de um avental.
A história do avental? Já era usado desde a mais remota antiguidade. Com o passar das eras, os modelos foram sendo aprimorados, quer dizer: foram se tornando mais luxuosos, e na idade média eles se tornaram elementos de extrema beleza, contribuindo para o esplendor das vestimentas das mais diversas classes sociais. É óbvio, que as classes mais abastadas, possuíam os modelos mais bem elaborados e feitos de tecidos mais nobres, já que nobre é nobre, e vassalo é vassalo.
Hoje, eles, – os aventais - são usados em suas mais variadas modelagens. Jalecos, para o pessoal de a ala hospitalar, farmacêutica e laboratorial. Bem como em salas de aulas do ensino básico ao universitário, também não se dispensa o uso do avental em fábricas, lojas, bares, restaurantes, cantinas, sapatarias e por aí adiante.
O avental que estou postando logo mais abaixo; foi feito para o uso doméstico, para ser exibido por uma madona. Ele pode ficar todo sujo de ovo e farinha, ou não. Depende da madona que o usar... E, eu? Vou estender a roupa que a minha máquina aloprada decidiu lavar. Menos mal! Claro, vou colocar um avental.
Beijos e como caipira que sou, inté mais ver.    



O detalhe do bolso


Edna Vezzoni, escritora e artesã.