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Uma breve explicação.


Olá, meninas! E, meninos também!
Hoje me deu vontade de contar um pouquinho sobre como cheguei até aqui.
Até aqui aonde? No blog, meninas. No blog.

Desde muito menina, eu sentia uma forte atração pela escrita, e, por tudo que envolvia o universo do artesanato. Minha mãe me ensinou a bordar. O básico do básico. Aos oito anos bordei meu primeiro pano de prato. O ponto utilizado? Ponto atrás. Até que não ficou ruim. O bordado. O pano foi posto a serviço da cozinha de casa. Naquele tempo, ainda tirávamos água do poço, e a louça, era lavada em enormes bacias de alumínio, suspensas em uma mesa de ripas que ficava no quintal. E as mulheres mais velhas diziam que este tipo de mesa era um giral. Estranho? Não. As pessoas antigas inventavam sem nenhum pudor palavras que não constam dos dicionários!
Bem, depois do ponto atrás veio o ponto cheio e os demais pontos. Gosto mesmo é de bordar o ponto xadrez.
Na adolescência veio o crochê. Permaneço no básico.
Eis que elas surgem em minha vida. E nem poderiam deixar de surgir. As agulhas de tricô. Tricotei cachecóis e blusas para os filhos, irmãos e marido. Ele o marido, nunca usou a blusa que tricotei apesar de na época ter dito que gostou muito. Foi para me agradar que ele disse o que disse. Hoje tenho certeza.
Veio o curso de corte e costura da Sigbol. Eu o fiz lá na vila Mariana, junto com duas amigas. Uma delas, a Rosa, já deixou este mundo há muitos anos. Mas o seu legado ficou. As roupas que costurou para os filhos.
Um dia, sem essa nem mais aquela, quando o filho caçula tinha dois anos, meu então marido, me presenteou com uma máquina de costura. Uma Singer, que está comigo até hoje. Nela costurei alguns shorts e vestidos, mas no que ela mais trabalhou foi na confecção das bonecas. Fiz muitas, e lindas bonecas de pano. Uma maneira de agregar valores financeiros para quem vivia entre o tanque e o fogão, sem ter que depender única e exclusivamente do dinheiro do marido. E foram elas, as bonecas de pano que pagaram os meus estudos de Tarô. No final do primeiro dos oito semestres de estudos esotéricos teve início de fato e verdadeiramente, a minha independência financeira.
Entre leituras de tarô e trabalhos artesanais fui desenvolvendo novas técnicas tanto de um trabalho quanto do outro.
Quando retornamos para Assis, abandonei de vez o tarô e parti para o universo do mundo artesanal. Ali desenvolvi, sob o comando da Kátia da loja Arte & Cor e da Deise Guimarães, da Parada das Artes, as técnicas em muitos tipos de pátina, découpagem, reciclados, trabalhos em mdf, cerâmica e outros tantos.
De volta a São Paulo, a cidade que me acolhe como sua filha, e já alérgica a tintas e pó, e verniz, parti para o trabalho artesanal da costura.
Unindo retalhos de tecidos, (esta técnica que ficou conhecida como Patchwork) comecei a dar forma a belas bolsas e sacolas que enfeito com os meus fuxicos, que são bem mais saudáveis do que as fofocas.
Como minha Singer anda bem velhinha, (mas não ao ponto de ser aposentada, assim como eu) decidi investir em uma nova máquina de costura. Desta vez uma Elgin.
Estou me aprimorando nas técnicas do patchwork, e já estou negociando com um ateliê daqui de São Paulo a revenda da produção do meu ateliê.
Sucesso para mim e para todas vocês!!!
Beijos e beijos, e, como caipira que sou, inté mais ver.